Olha só, não precisa disso.

Não precisa dizer que sente saudades, quando, na verdade, não sente. Não precisa dizer que ela é especial, quando ela é “só mais uma menina que você pega”. Não precisa dar esperança de algo sério, sendo que você foge de relacionamento a qualquer sinal dele. Não precisa pagar a conta, com a tentativa de “garantir” a noite. É sério, menos. Bem menos. Para começar, pode ser apenas você. Nu e cru.

Não existe um manual de conquista. Não importa o que você faça, isso não será garantia de coisa alguma. No entanto, por incrível que pareça, há certas regras para conseguir conquistar uma mulher. Ou melhor, para que ela fique encantada por você. De certa forma, é preciso fazê-la acreditar que você é romântico, que você se importa, que é sentimental. Mesmo não sendo nada disso.

Sinto dizer, mas você está mal informado. As coisas mudaram. A mulher não é mais a marionete que você manipula. Dessa forma, não subestime a capacidade dela. Ela sabe reconhecer quando você força a barra. Quando elogia em troca de algo. Quando diz da boca para fora. Ela pode até ficar confusa algumas vezes, cair em uma conversa ou outra, mas logo se dá conta das suas intenções. E aí, o comando é exclusivamente dela. Porque ela é quem pilota a própria vida e não precisa de você para guiá-la.

Ela decide se continua nesse jogo barato ou se diz basta. Se ela continuar, que fique claro, é porque ela quer e não porque você a conquistou. Então, dá uma baixada na sua bola. Você é o homem da relação, mas para que algo seja o protótipo de uma relação, deve haver ao menos compreensão e respeito mútuos. E em relação a isso, estamos em falta, não é?

Então, sobre os sentimentos dela, deixemos explícito: quem domina é ela. Você devia é cuidar dos seus. Entender o porquê de agir de um jeito, se sente de outro. Descobrir que pode ser você mesmo, sem regras ou manual de conquista e que ela pode gostar disso. Apenas seja sincero. Respeite o seu sentimento para, então, poder respeitar o dela. Se é para jogar, que jogue limpo. Coloque as cartas na mesa e seja coerente. Só assim ela pode aceitar que você a acompanhe, jamais que a guie.

Afinal, o coração dela é o único substantivo masculino que pode guiá-la. Lembre-se disso.