Ame-se, menina

“O que será que ela tem? Ela não é tão bonita fisicamente, mas, no fundo, é tão linda!”

Você já deve ouvido isso por aí. Aliás, você já deve ter falado isso de alguém. Algumas pessoas simplesmente exalam beleza, mesmo que esta não signifique apenas aparência. São pessoas que estão sempre sorrindo. Estão bem, mesmo que as coisas não caminhem tão bem assim. São humildes e atenciosas. E, sobretudo, são donas de um coração enorme, onde há espaço para cada um que se aproxima.

São maravilhosamente belas. Donas de belezas únicas e originais. Chamam a atenção por onde passam e, por incrível que pareça, essa atenção não vem da bunda sem celulite, do cabelo sedoso e muito menos do corpo magro e esbelto. Então, você se pergunta, de onde vem? Vem de dentro, moça. É fruto de uma autoestima elevada e de um empoderamento de dar inveja. São pessoas que se gostam, muito antes de gostarem dos outros. Têm o amor-próprio como guia e aceitação como objetivo diário.

E, diferente do que você pensa, essas pessoas não são diferentes de você. Não pertencem a outro mundo ou são as raras exceções de sorte da vida. Pelo contrário, são exatamente iguais a você. Sofrem, choram e, por vezes, querem ficar em casa, de pijama e com uma panela de brigadeiro na mão. São de carne e osso. Assim como eu, assim como você. No entanto, talvez os que as diferencie é que elas entendem as próprias imperfeições. Mais do que isso, as aceitam e não têm a pretensão de ser nada além do que já são.

Enquanto você está aí descontente com o seu corpo, com o seu cabelo que nem sempre está do jeito que você quer e com tantas outras coisas, elas estão lá, aceitando os bad hair days da vida, as gordurinhas a mais e tudo que poderia lhes incomodar, mas que, de forma alguma, as incomoda. Não incomoda porque elas não precisam da perfeição para estarem belas. Não precisam ser bonecas de plástico ambulantes para, de fato, se gostarem.

Elas são elas. E isso basta. Talvez, menina, seja a hora de começar a ser você mesma. De entender o que te faz bem, o que você gosta e o que pretende mudar. De começar a se olhar no espelho e, ao invés de procurar defeitos, encontrar o que te agrada. Você, com certeza, tem muitas coisas que agradam, mas você insiste em não vê-las. Insiste em se apegar a outras que considera defeitos, mesmo não sendo tão graves assim.

Não falta muito para você entrar para o time das pessoas iluminadas e belas. Aliás, falta apenas uma coisa. Um ingrediente especial que, com certeza, deixará o conteúdo especialmente belo: a autoestima. É hora de começar a te enxergar com os mesmos olhos que você enxerga essas pessoas que admira, com os olhos do coração. Ame-se, menina.

Por menos pessoas de plástico. Leia aqui.

 

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6 Comentários

  1. Rebeca Stiago says

    Oiii! Parabens pelo texto. Realmente autoestima acaba sendo TUDO. Gosto da forma como voce escreve. Beijos

  2. Adriana says

    Oi Isabela! Adoro tua escrita. Inspira sempre.
    Abraços

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