Pelo direito de comer o que a gente bem entender
“Bacon é puro gordura”.
“Coca-Cola vai corroer os seus ossos”.
“Você já viu como são feitos os alimentos processados?”
“Tá vendo o porquê de estar doente?”
A resposta para tudo isso é: sim. Eu já vi inúmeras notícias de como a salsicha é feita, de como os nuggets são uma junção de restos nada agradáveis de frango, de como o bacon pode entupir suas artérias, etc. Aliás, praticamente desde que nasci, assisto a vídeos de Coca-Cola sendo despejada em superfícies enferrujadas, tirando com excelência aquela ferrugem toda.
Eu sei de tudo isso. Entendo que somos parte de uma geração fitness, que controla o que come ao extremo, visando uma saúde exemplar e um corpo dos deuses. Também respeito cada vegetariano existente. Não só respeito, como admiro. Admiro a força de vontade daqueles que, por inúmeros motivos, conseguem se livrar das idas ao Burger King, do churrasquinho de final de semana e ainda resistem ao cheiro da calabresa frita. Além disso, me esforço para compreender aqueles que, mesmo não vegetarianos, não são adeptos das comidas junkie.
No entanto, venho aqui para suplicar a vocês: nos deixem em paz. Assim como nós os deixamos. Cada um com seu paladar, com as suas escolhas. Tudo certo, tudo lindo. Hoje em dia, tem sido muito difícil não ser uma pessoa saudável. Não ser adepta das dietas malucas, das drenagens e procedimentos estéticos infinitos. Somos questionados por gostar de Coca-Cola. Por não dispensar aquele bacon fritinho dentro de um super hambúrguer. Nos mostram vídeos a todo momento. Nos dizem que morreremos cedo. Nos afirmam que a gripe da semana passada foi por conta do bacon que comemos (oi?).
Pois bem, cá estou para reivindicar o direito de não ser saudável. De tomar uma lata de Coca quando bem entender e de não ser julgada por isso. De apreciar o sabor de um belo bacon, em paz. Na contramão, imagino que você, exemplo de saúde e de dedicação, também deva sofrer um bocado por dispensar os happy hours, as idas ao rodízio de pizza em plena segunda-feira e a comilança eterna que nos é característico.
Nesse caso, reivindico por nós todos: que possamos comer o que bem entender. Que possamos comer só alface ou só bacon todos os dias. Que seja Coca-Cola ou suco verde. Que nossa sobremesa predileta seja brigadeiro com muito leite condensado ou brigadeiro de banana-da-terra. Que sejamos Bela Gil ou Ronald McDonald. Que possamos comer qualquer coisa, em paz.
Pelo direito de não ser importunado. Pelo direito de estar bem consigo mesmo, apesar dos níveis elevados de açúcar no sangue. E, principalmente, pelo direito de apreciar com gosto suas próprias laricas.
Isabela, adorei seu post! Embora eu esteja nessa fase “vida saudável”, respeito as minhas amigas que não se ligam muito nisso e é claro que uma escapada sempre acontece (e cá entre nós: é uma delícia haha).
Seu blog está lindo! Beijo
Karen,
Que bom que você gostou!
Claro, as escapadas são as melhores hahaha
Volte sempre ao blog =)
Quero ver o seu pronto logo! Vai ficar lindo! Beijo.