Aos anjos de carne e osso
Quando criança, aprendi que os anjos eram criaturas divinas, que não podíamos ver, mas que estavam sempre ao nosso lado. O objetivo era proteger, guiar e ser aqueles que zelam por nós, mesmo enquanto dormimos. Função bonita essa de anjo. Sempre desejei que eu pudesse vê-los, se eles de fato existissem. Queria poder lhes dar um abraço e agradecer por toda a proteção que me concedem. No entanto, como não posso realizar esse desejo, abraço calorosamente a minha irmã, um anjo de carne e osso, que convive diariamente ao meu lado.
Irmãos são anjos na forma humana. E o melhor: estão presentes não apenas em espírito. Podemos tocar, acariciar, abraçar e dar uns tapas algumas vezes, confesso. São eles a nos acompanhar em boa parte da nossa vida. Nos piores e melhores momentos. São amigos, pais e, por muitas vezes, grandes anjos a nos proteger das possíveis quedas. Um irmão é o primeiro a te criticar em algumas coisas mas, definitivamente, é talvez o único a te defender quando preciso.
Lembro de várias vezes em que eu, com apenas oito ou nove anos, saía correndo da sala de aula para ajudar a minha irmã, um ano e quatro meses mais nova, a se levantar após os joelhos ralados. A menina caía praticamente todos os dias. Na maioria das vezes, fui mais mãe do que irmã. Ajudei-a a levantar, dei beijinho para curar e chorei junto. As dores dos irmãos são como as nossas. Sentimos profundamente como se fôssemos as vítimas a ralar os dois joelhos no asfalto.
Quem tem um irmão, jamais estará só. Pela ordem natural das coisas, os pais nos deixam antes. Sem eles, o suporte é mantido pelos irmãos. Nesse caso, mais do que anjos, eles se tornam escudos. Proteções fiéis contra a crueldade do mundo lá fora, contra as injustiças e contra as lágrimas que, inevitavelmente, irão descer.
Dentro de um abraço de irmãos, não há sentimento ruim que sobreviva. Há um arco de paz e proteção, como aqueles que envolvem a cabeça dos anjos exibidos em desenhos infantis. Irmãos não tem arcos na cabeça, no entanto, tem corações selados com o mesmo amor e a mesma proteção desses anjos. Eternidade a eles.
ps: feliz niver, irmãzinha! <3
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E aos nossos amados pais, que se tornam eternos filhos, leia aqui.
Que texto maravilhoso, Isabela! Tô apaixonada por tudo aqui, hahahaha. Que blog mais amor, menina!
Eu me emocionei com esse texto, porque vi a mim e meus irmãos refletidos nele inteirinho. Eu sou a irmã caçula, então sempre fui a “protegida” aqui em casa. Cresci levando bronca deles, tanto do meu irmão (em quem sempre fui muito apegada) quanto da minha irmã, porque eu era uma criança muito arteira. Mas hoje, como estou mais velha e tranquila, eu é que me vejo dando bronca neles às vezes. Mas somos o alicerce um do outro. Brigamos, damos lição de moral, mas o apoio e o amor é gigantesco. Às vezes nós brigamos por algum motivo, mas quando nossa mãe vai brigar com um de nós pela mesma coisa, nos defendemos até o fim, hahahahaha. É engraçado de ver. Eu os amo tanto que às vezes até dói, faria qualquer coisa por eles, e realmente os vejo como anjos. Aliás, minha mãe sempre gostou muito de anjos também, por isso cresci adorando-os igualmente.
Seu blog é maravilhoso demais! Vou colocá-lo no meu blogroll para poder acompanhar <3
Allie | allieprovier.blogspot.com
Allie, que bom ler a sua mensagem! Fico muito feliz que vc tenha gostado do blog e que tenha se identificado com os textos! Irmão é tudo na nossa vida mesmo, né? eu também sou apegada demais a minha irmã, esse texto é inspirado nela 🙂
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beijo grande
Parabéns Isa, tudo muito lindo! Irmãos são maravilhosos!
Beijo
Que bom que gostou Má! Volte sempre ao blog!
Fiz uma postagem falando que minha irmã era “uma anjo de carne e osso” e “coincidentemente”, encontrei seu belo texto na internet com o mesmo título. Parabéns, vc escreve muito bem e consegue expressar de maneira sensível e inteligente os seus sentimentos. vale ainda salientar que vc também tem um belo sorriso.
Que bom que vc gostou, Wanderson!
Muito obrigada!
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beijo grande!