Amor: o jogo em que não se deseja que o outro erre
Amor-frescobol. É com essa metáfora que posso definir o relacionamento do Robson e da Janaina. Eles, que são tão apaixonados por praia e também são frequentes jogadores de tênis, têm agora mais um desafio: aderir ao frescobol. Talvez na praia, mas com toda a certeza na vida.
Continuarão jogando tênis nas quadras, mas, em casa, a dois, o jogo deve ser de frescobol. Como diferencia o grande autor Rubem Alves, relacionamentos podem ser como um jogo de tênis ou de frescobol. O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
Já o frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. No frescobol, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. Por isso, me refiro ao relacionamento desse casal como um amor-frescobol. Robinho e Jana, tão diferentes entre si, souberam jogar no amor de uma forma com que os dois tentem acertar. Fizeram das diferenças um sábio ponto de equilíbrio.
Entendem perfeitamente que cada um tem o seu estilo de jogo, mas nem por isso, perdem o respeito. Pelo contrário, encontram leveza nas diferenças, no amor-frescobol, que faz com que torçam pelo outro e ajam pelo bem em comum: o relacionamento.
[Trecho da cerimônia personalizada da Janaina e do Robson, no Village Buffet Palais Jardim, em Londrina (PR). Texto e celebração por mim, Sem Travas no Coração.]
Fotos: Madeira
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