Amor-obra-prima. É essa a melhor metáfora para definir o relacionamento de vocês, queridos Matheus e Ana Carolina. Vocês, que deram o primeiro passo, rumo à concretização dessa história, diante de uma das maiores obras-primas da humanidade, jamais imaginariam que ela seria a representação do amor que possuem.

Michelangelo, ao esculpir Davi, não começou com uma forma perfeita, mas com um bloco bruto de mármore. Durante anos, ele trabalhou, com paciência, enfrentando as adversidades e as imperfeições da pedra. Com habilidade e dedicação, ele foi eliminando as arestas, revelando, aos poucos, a figura estonteante de Davi.

Esse processo não foi apenas de criação, mas de revelação, pois Michelangelo acreditava que a forma perfeita já estava presente dentro do mármore, ela só precisava ser desvendada. Assim é o amor entre vocês, Matheus e Ana Carolina. No início, vocês eram como aquele bloco de mármore, cheios de potencial, mas que precisavam, de fato, ser revelados.

Quando se dispuseram a amar e a cuidar um do outro, começaram a esculpir, com paciência e dedicação, a obra-prima que é a vida compartilhada. Por meio do respeito, da compreensão e, sobretudo, do amor, vocês apararam as arestas que os impediam de revelar a verdadeira beleza presente em cada um.

A partir do olhar do outro e do cuidado, vocês conseguiram enxergar em vocês mesmos, de forma individual, um potencial que talvez não houvessem enxergado antes. O amor, de fato, os desvendou. Vocês descobriram ser muito mais do que simples blocos de mármore. Daí, com tal força e disposição, não foi difícil transformar a convivência e a partilha da rotina diária como uma das maiores obras-primas. Uma obra que tem seu valor no simples, no leve, no que é percebido nas sutilezas.

[Trecho da cerimônia personalizada para Ana Carolina e Matheus, na Chácara Graciosa, em Londrina (PR). Texto  por mim, Isa,  e celebração pela Lau, da Sem Travas no Coração.]

Fotos: Sanches Fotografia

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