Foi preciso que um match acertasse em cheio os corações desse casal. Na era digital, a flecha que as alcançou tinha nome: Tinder. E olha que as fotos da Mariana no aplicativo, definitivamente, não tinham nada a ver com ela. Lá, a Gabrielly pôde encontrar uma Mari loira, com fotos aleatórias e, pasmem, uma foto de bebê. A Gabi até imaginou que a Mariana fosse mãe. Mas, qualquer imaginação, com base nas fotos, não condizia com a realidade.

Já nas primeiras conversas, era notável grande afinidade entre as duas. Combinaram, então, um chopp. No primeiro encontro, a Gabrielly se deu conta de que a Mariana não era mãe, não era loira e não era tão aleatória assim. A não ser pelo fato de a Mari comer toda alface da porção de batata. A alface que estava ali apenas para enfeitar.

Aos poucos, descobriram ser de universos muito distintos. Se não fosse o cupido Tinder, talvez jamais teriam se encontrado. Porém, engana-se quem pensa que o amor surge apenas nas confluências. Na convivência com um mundo totalmente diferente do seu, é possível descobrir o amor, o respeito, o equilíbrio. E foi nessa descoberta, que o primeiro beijo aconteceu, enquanto assistiam juntas o novo episódio da série Orange is the New Black.

Desde o início, aprenderam, de fato, o que queria dizer a frase “na saúde e na doença.” A Mariana ficou doente por alguns dias e teve ali, nos cuidados da Gabrielly, a sua cura. Provaram ser parceiras para o que der e vier.

[Trecho da cerimônia personalizada para Gabrielly e Mariana, na Vivenda Rejupe, em Londrina (PR). Texto e celebração por mim, Isa, da Sem Travas no Coração.]

Fotos: Ane e Tami Fotografia

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