Tolerância. É a palavra que melhor define o relacionamento desse casal. E, aqui, tolerância está longe do significado literal de suportar, de aguentar. Os verbos abranger, incluir e acolher se encaixam melhor para dar o sentido correto do que é a tolerância e de como ela pode definir a história de Bruno e Andrea. A tolerância a que me refiro está ligada a decisões conscientes de acolhimento e não a algo que lhes é forçado a engolir.

Bruno e Andrea, que são tão diferentes entre si, fizeram a escolha consciente de acolher um ao outro, com suas diferenças e imperfeições. Eles ultrapassaram as próprias suscetibilidades e limites, ou seja, o próprio ego, para abranger o outro exatamente como ele é. Isso faz deles um casal que tem no respeito e na tolerância princípios básicos de sucesso.

O Bruno é tranquilo, ama esportes, raramente bebe. A Andrea já é baladeira, brava e dorme em qualquer lugar. O Bruno é prevenido, mais organizado, enquanto a Andrea é mais imediatista, espera as coisas acontecerem para tomar uma atitude. O Bruno, se pudesse, planejaria os dias e a vida toda em planilhas do Excel. A Andrea prefere decidir na hora e, aí, dar um jeito de realizar naquele exato momento.  O Bruno ama encher o fim de semana de atividades, enquanto a Andrea às vezes prefere ficar tranquila, sem nada para fazer. O Bruno gosta da segurança, enquanto a Andrea não se importa de correr alguns riscos.

Essas diferenças fazem com que haja, além da tolerância, um equilíbrio. Eles não são um casal que vive brigando, pelo contrário, se entendem e se respeitam. Um tênis número 46 acolhe muito bem uma sapatilha 34. Como dizem os pais da Andrea, ela e o Bruno são dois diferentes que se completam. Ou na definição dos pais do Bruno, eles são duas pessoas que conseguem falar a mesma linguagem: a do amor.

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[Trecho da cerimônia do casamento do Bruno e da Andrea. Texto e celebração por mim, Sem Travas no Coração]

Fotos e vídeo: Alê Cavaliere

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