Amor-âncora. É assim que posso definir o relacionamento desse casal, Francisco e Carla. Quando perguntei para a Carla o que o Francisco representava na sua vida, ela foi logo o comparando com uma âncora. Quando ela está se afastando da sua essência, é o Francisco que a resgata, que a puxa de volta.

E a âncora não representa só a importância dele na vida dela. Representa também o que ela é para a vida do Francisco. Afinal, o Francisco, se tornou mais centrado, mais focado, com a chegada da Carla. Ela também é a âncora dele e por isso não teria metáfora melhor para defini-los.

A âncora é considerada um símbolo de firmeza, força, tranquilidade, esperança e fidelidade. Por ser capaz de manter a estabilidade dos barcos em meio as tempestades, ela representa metaforicamente a parte estável dos seres humanos.

Para os marinheiros, a âncora é o último refúgio, ou seja, a esperança na tempestade. Por esse motivo, ela simboliza também o conflito entre o sólido (a terra) e o líquido (a água). Diante disso, só se alcança a harmonia e o equilíbrio ao se resolver esse combate.

E como diz a Fer, irmã da Carla, eles são como a terra e a água. A Carla, acelerada, firme como a terra e até mesmo como o fogo em alguns momentos. O, Francisco, calmo e fluido como a água. E é assim que eles se equilibram, sendo a âncora que completa o outro.

São o porto seguro um do outro. A âncora que equilibra o barco do relacionamento nas piores tempestades. São o equilíbrio, a base sólida para que o amor navegue, mas nunca afunde.

[Trecho da cerimônia personalizada da Carla e do Francisco, no Moress Garden, em Londrina (PR). Texto e celebração por mim, Sem Travas no Coração.]

Fotos: Acervo pessoal / Edinho Irizawa

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