O amor deve ser como uma pluma: leve e flexível

Amor-pluma. É assim que posso definir o relacionamento desse casal, Julio e Bárbara. Eles sabem que, para ser amor, precisa ser leve como uma pluma. Afinal, de fardos e problemas, a vida já está cheia. Não pode pesar, não deve tomar mais espaço do que deveria, não é preciso que tenha mais sofrimento do que sorrisos. 

Quando estão juntos, são como plumas: leves e flexíveis. O sorriso impera, as brincadeiras e piadas são lei. A tristeza é passageira, a graça é rotina. Não fazem do amor um peso, pelo contrário, retiram dele todo e qualquer peso que insista em aparecer. Fazem com que seja tranquilo, com que tenha paz, com que seja suave. Por meio da leveza, estão sempre conectados, sempre em sintonia.

Para ser leve a dois, eles aprenderam que é necessário ser leve também quando se está sozinho. É preciso estar em paz com você, suportar o peso da própria companhia e não sobrecarregar tanto as costas, o coração e todo o resto com isso. Aí, quando a leveza de um singular se torna plural, automaticamente, as coisas se tornam mais leves.

Eles aprenderam a tirar o peso da própria bagagem, a suportar as próprias preocupações, a conhecer as qualidades e os defeitos. Aprenderam a ser leves, apesar dos pesares. Aí, quando se encontraram, enxergaram no outro a leveza que ele já trazia. Não se dividiram, pelo contrário, vieram pra somar à vida do outro.

Como diz a Gabriela, irmã da Bárbara, a metáfora que melhor os define é o alívio cômico. Essas duas palavrinhas são retiradas da literatura e do teatro. Assim como a pluma, o alívio cômico também traduz a leveza desse casal. No teatro, o alívio cômico é aquela cena que quebra toda a tensão e deixa o público mais leve. Para a Gabi, eles são exatamente isso um para o outro.

Para ela, a versão da Bárbara engraçada e aberta só desabrochou com a chegada do Julio. O Julio foi um alívio cômico para a vida da Bárbara. E ele, que também é metódico, teve na Bárbara a sua leveza de vida, a sua quebra de rotina. Segundo a Gabi, tudo neles vira comédia. Tudo tem algo engraçado. O riso é um bom termo para defini-los e acompanhá-los no relacionamento.

Já para a Juliana, irmã do Julio, junto da leveza, a mudança também é algo que os acompanha. Para ela, Bárbara e Julio evoluem constantemente de lagarta para borboleta. Assim como a frase do Heráclito que a Ju tem tatuada, que diz que não há nada permanente, exceto a mudança; na vida desse casal, a mudança sempre esteve presente.

Tiveram que se reinventar a todo momento. Com isso, estiveram em constante evolução, sem perderem o que possuem de mais precioso: o amor. Pelo contrário, o amor só se fortaleceu diante de tantas mudanças, ele foi evoluindo junto e eles sempre souberam administrar muito bem todos os percalços no caminho.

[Trecho da cerimônia personalizada do casamento da Bárbara e Julio, na Casa Von Borstel Bistrô, em Londrina (PR). Texto e celebração por mim, Sem Travas no Coração.]

Fotos: Goldman Fotografia

Vídeo: Memória Digital Filmes

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