Amor-cultivo. É essa a metáfora que melhor define o relacionamento desse casal, José Paulo e Rafaela. Ao longo das nossas entrevistas, eles repetiram muito essa palavra. Afinal, ela é a essência do que é o amor deles. Ou melhor, do que é o “Pre” deles, já que criaram uma palavra própria para definir esse sentimento. Eles raramente falam “eu te amo” e sim “eu te pre”.

E a arte do “pre” é, definitivamente, o cultivo. Eles fortaleceram bem o solo antes de plantar a sementinha do “pre”. Depositaram nutrientes, regaram com frequência, antes do “pre” chegar. Estavam ali, prontos e preparados para que o “pre” fosse plantado. E aí, quando ele foi, aprenderam a cultivá-lo da melhor forma.

Não expõem o “pre” a altas temperaturas ou pressão, já que ele é sensível e gosta de clima ameno e leve. Fazem questão de manter o solo sempre úmido, mas nunca encharcado. Água em excesso mata o “pre”.

A germinação acontece todos os dias, ali nas situações mais comuns e corriqueiras do dia a dia. Não é preciso grandes feitos ou um ideal de “pre” romântico e perfeito. O cultivo do “pre” parte da simplicidade e, muitas vezes, da imperfeição. Aliás, como está estampado no convite desse casal, a felicidade se encontra em horinhas de descuido.

Eles podem descuidar em alguns momentos, mas nunca deixam de cultivar. O cultivo está no diálogo, na química que possuem, no respeito que têm um com o outro, na admiração. O cultivo está nos pequenos detalhes. É assim que a semente do “pre”, cresce, cria raízes e, a cada dia, floresce mais.

[Trecho da cerimônia personalizada para Rafaela e José Paulo, no Buffet Planalto, em Londrina (PR). Texto e celebração por mim, Isa, da Sem Travas no Coração.]

Fotos: Dois mais um Fotografia / Assistente de mídia social da Sem Travas

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