Basta! Antes que ela precise pedir socorro

“Hey, saudade de você”.

Pois é, ela também sente saudade. Do seu cheiro, do seu toque e dos seus beijos lentos e deliciosos. Ela apenas deixou de dizer. Depois de ficar no vácuo por tantas vezes, ela parou de falar sobre o que sente e resolveu guardar tudo aquilo dentro dela. Quase se afoga com tanto sentimento, mas, por vezes, ficar calada é a melhor opção. Ela se cala, ressente, sofre. E, em alguns momentos, escreve para aliviar.

Porque ela se sente nadando contra uma corrente forte e turbulenta. Ela sempre esteve disposta a atravessar o rio até alcançar a margem, no entanto, só espera que você a ajude. Estenda uma boia e a carregue ou apenas jogue um galho para que ela segure. Espera que você dê um mísero sinal de que ela pode seguir. De que, mesmo com medo, ela será capaz de atravessar o rio.

Porém, você acaba com todas as forças dela. Não só não oferece a boia ou joga o galho, como também faz questão de incluir outros obstáculos nessa travessia. Responde quando bem quer. Adora os tais joguinhos. Apesar de estar afim, faz questão de demonstrar que não está. Diz sentir saudade, mas após duas ou três mensagens trocadas, já encerra a conversa. Na maioria das vezes, nem encerra.

A sua saudade se mata rapidamente. Com algumas frases, ela desaparece. A dela não. Ela estava disposta a atravessar o rio turbulento para matar a saudade. Para cair nos seus braços e aproveitar o calor do seu abraço. Porém, ela decidiu voltar para a margem antes de tentar. Decidiu desistir antes que se afogue na travessia. Ela não quer mais esgotar suas forças com quem não merece. Não quer se doar por inteira a quem lhe devolva migalhas. Metades de atenção, de carinho e de entrega não são para ela.

Não são porque ela sabe bem o que é aceitar migalhas. E sabe que juntando todas as migalhas, não se faz um pão inteiro. Pelo contrário, os fragmentos e metades se multiplicam. E, se com dois inteiros já é muito difícil chegar até o outro lado da margem, imagina com metades…

Sendo assim, ela não aceita mais. Ela diz basta antes que precise pedir socorro. Porque só o que ela quer é alguém que lhe dê forças para realizar a travessia.

Ela é coerente com os nãos que dá. Leia mais aqui.


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