Encontro paz no meu caos
Eu preciso do caos. Preciso do turbilhão para encontrar a paz. Por aqui, equilíbrio passa longe. 8 ou 80, quente ou frio, sim ou não, agora ou nunca. Quero tomar decisões no calor do momento. Quero sentir intensamente e arriscar. Quero me arrepender de ter feito e não o contrário. Sou intensidade, sentimento e até mesmo um desespero. Sou um misto entre caos e sofrimento que, juntos, provocam movimento, seja ele bom ou ruim.
E é exatamente desse movimento que eu não consigo abrir mão. Saio por aí a inventar situações, a revirar histórias passadas, a indefinir o que já estava definido. Prefiro a turbulência à calmaria. Como se o meu universo particular fosse comparado à bagunça do meu quarto: os que entram, só enxergam confusão. No entanto, é justamente na bagunça que eu consigo me encontrar. Afinal, só quem vive perdido é que realmente se acha.
Em alguns momentos, eu suplico pela calmaria, como já disse nesse texto. Esse movimento acaba por esgotar minhas forças. Mas aí, quando a calmaria chega, me sinto impotente de novo, como se a vida passasse pelos meus olhos, sem ação. Passo a viver e não mais a vivenciar. Não há desafios e, dessa forma, parece que tudo está parado. Sinto falta do sofrimento, da ansiedade, da decisão. Sinto necessidade da paz, mesmo que eu só a encontre no caos.
Pode parecer confuso demais, eu sei. Confesso que é difícil viver entre extremos, esgotando-me a cada decisão, indo além dos limites. Mais do que isso, é difícil explicar o caos para as pessoas. Ninguém te entende, por mais que você tente. Alguns te julgam, muitos te apontam, mas poucos reconhecem o próprio turbilhão. É necessário coragem para reconhecer a própria essência e mais ainda para aceitá-la.
É um processo lento e gradual aceitar-se do jeito que é. Independente de julgamentos e de padrões estabelecidos, não há como evitar o caos. No fundo, todos vivemos uma luta interna com nós mesmos. No meu caso, prefiro assumi-lo e escancará-lo logo de uma vez. Cutucar o caos e expor toda a bagunça existente nele.
De repente, diante de tanto esgotamento, acabo achando alguma luz por aí. Acabo encontrando respostas, mesmo diante de tanta confusão. Assim como aquela meia que eu tanto procurava, que surge, de repente, embaixo da cama do meu quarto bagunçado. Eu aceito o caos e ele me ajuda a me encontrar. Sigo com esse lema.
linda palavras isa o dom da palavra está em sua mente como uma semente que tem que crescer para dar vida a uma planta linda é florida está parabéns continue assim linda é formosa
Muito obrigada por esse carinho sempre! <3
A cada novo texto mergulho na mais profunda liberdade!!
Exatamente, Aline!
Continue sempre por aqui! beijo grande 🙂
Dizer que amo seus textos. Não tenho essa aptidão em escrever o que se passa interna e exteriormente em minha vida, mas me identifico, quase que 99,9% de tudo que escreve. Sou grata a Deus por pessoas como você, Drica Serra, Fabiola Simões e tantos outros. Muitas vezes fui consolada por esses textos e tantas outras motivada a prosseguir, mesmo diante do “caos”. Obrigada querida, que Deus te guarde sempre assim, maravilhosa como és.
Sílvia, que coisa mais linda isso que você escreveu!
Fico muito feliz em saber que meus textos te ajudam de alguma forma. É essa a intenção, dividir meus sentimentos e experiências na tentativa de que vocês também se identifiquem. Ganhei meu dia com esse seu lindo comentário!
Muito obrigada mesmo!
Continue sempre por aqui, viu?
Beijo grande <3