Carta a um amor simples
É sobre te abraçar e sentir a textura da sua blusa de manga longa nos dias frios. É sobre a companhia na sexta-feira à noite, de pijama, cabelo desarrumado e novela das nove. É sobre o almoço durante a semana, entre aquele intervalo de trabalho. É sobre o cheiro tão característico do perfume e aquele de quando você não usa perfume algum, o seu, o próprio. É sobre essas pequenas e singelas coisas que o amor reside.
É sobre elas que ele faz morada, por mais clichê que seja. A gente pode até se lembrar dos grandes momentos, das conquistas inesquecíveis, mas o que constroem as lembranças são os detalhes que ninguém dá a mínima. Alguns chamam de memória afetiva, eu prefiro chamar de amor. Assim, da forma mais simples e sincera. Amor puro, genuíno e carregado de simplicidade.
Escrevo para te pedir que enxergue a grandeza nas pequenas coisas. Seja no reencontro do nosso amor, ou em novos e futuros amores. Para isso, talvez seja preciso descomplicar. Solucionar questões, resolver pendências, para então, ter a liberdade de poder enxergar e usufruir da beleza da simplicidade. É preciso estar apto para enxergá-la.
Consegui essa proeza ao seu lado, mesmo diante de um turbilhão de emoções. E ter me permitido experimentar a paz do simples só foi possível porque me entreguei a todas as sensações que o amor podia me dar. Agora, quero que novos momentos únicos, especiais e simples aconteçam. A mim e a você. Separados ou juntos. Resta ao acaso? Quem sabe. Mas, principalmente, resta a cada um criar “lentes de contato” para enxergar tais momentos.
Já estou usando “óculos”, e você?
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